Acabei de chegar do cinema (maneira mongolóide de começar um post uma vez que isso não faz a menor diferença e além do mais é mentiroso porque se alguém ler isso semana que vem eu não vou ter acabado de chegar do cinema)... Bom, o filme em questão é Homem Aranha. Para quem já viu o filme (que é bem legal, por sinal) viu como é movimentado, cheio de ação, romance, hormônios e tristeza profunda. Caralho!! (palavrão para mostrar que posso ter personalidade magnética ou que não me curvo diante as regras da sociedade). Sim, como o próprio Peter Parker diz no início, a história é sobre uma garota. Uma daquelas garotas que existem na vida de alguns caras... normais, que parecem miragem, algo inatingível. Tá! O filme não é triste por isso exatamente. Mais é um dos filmes mais duros sobre mudanças e transformações que nos acontecem que eu já vi. Mesmo com todas suas frases de efeito e emoções cronometradas, é antes de tudo um filme simples e sincero no seu conteúdo. Simples como raramente a gente consegue ser. Sincero como deveríamos sempre ser.
Mais do que ser um filme sobre um sujeito que ganha super poderes, é a triste história de como esse sujeito é obrigado a deixar um monte de coisa passar ou como é obrigado se adaptar a uma nova situação... Todo mundo passa por isso, não? Eu pelo menos passei, só que minha vida não é tão emocionante quanto a de Peter Parker. Tem uma frase triste sobre crescer e escolher que homem você quer ser para o resto da sua vida. É algo difícil de compreender quando só se pensa em comprar um carro para impressionar Mary Jane Watson. E o que a gente escolhe ser? Quais as escolhas que nos dão? Porque até quando parecem ser a melhor opção, elas acarretam em renúncias e mudanças. Tão triste como o fato de termos conviver com as pessoas que podem nos desapontar. É um sentimento estranho esse de se enganar sobre as pessoas. Deixa uma sensação esquisita de impotência. Porque a gente não pode simplesmente descartar as pessoas com medo de que ela nos desaponte.
Por tudo isso e muito mais, que por pura falta de talento não sei descrever aqui, é que digo, Homem Aranha um filme extremamente triste, e um ótimo filme de ação também. Pode ser questão de identificação, mas Sam Raimi fez algo que me levantou questões, e talvez eu tenha que responder. Ou não, como das outras vezes que as mesmas questões foram levantadas e eu não respondi. Isso mesmo, não traz nada de novo nesse sentido, não que isso seja um defeito, mas o seu mérito está, como disse antes, na sinceridade da abordagem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário