domingo, março 09, 2008

ajudem Obama

tipo, os irmãos Coen levaram a melhor no Oscar. os democratas estão para decidir entre um negro e uma mulher para ver quem vai ser o candidato deles e, provavelmente, o próximo a ocupar o cargo máximo da nação. o que será que deu nesses americanos?

ao meu ver, nada. muito massa os Coen terem ganho e tal, a premiação toda foi bem correta e exemplar. mas foi bem previsível, né? oh! mas os prêmios de atuação só foram para europeus. os ingleses não contam muito, já ganharam tanta coisa. vá lá que Bardem seja espanhol, mas latino fazer papel de vilão em filme, não é lá muita novidade, e ganhou coadjuvante, né? prêmio bem merecido, por sinal. ah tá! Marion Cotillard é francesa em um filme francês, falado em francês. desde que Piaf passou na Berlinale, ano passado, todo mundo já apontava esse Oscar. sabe como é, né? ícone da música popular e tal. Cotillard já tem carreira em Hollywood e o agradecimento dela tava mais para alguma adolescente americana (acho que nem Ellen Page se comportaria daquele jeito) do que uma diva francesa.

mas e Obama? e Hillary? homem a gente trata pelo sobrenome, mulher vai pelo nome mesmo. até porque Clinton é o marido dela. eita! ele já foi presidente dos EUA, né? e sabe quem foi o presidente antes dele? Bush, o pai. ia ser massa mesmo esse fato novo, duas famílias se alternando no poder. já tô pensando na campanha de Chelsea Clinton para daqui a uma década ou duas.

tudo bem, o cara se chama Barack Hussein Obama. e ainda por cima é negro. acedência africana e tal. isso é forte. já tão dizendo que o cara vai ser assassinado se for eleito. exageros a parte, essa história do cara ser afro-americano com nome muçulmano é um achado, né não? só que ele não é muçulmano. e quanto a ser negro...

tem um filme da década de 1980 que se chama “As Amazonas na Lua” que é formado por uma dezena de esquetes. a estrutura é a seguinte: num sábado a noite enquanto um canal de TV exibe um filme de ficção da década de 1950, o espectador fica zapeando durante os intervalos, aí entram as esquetes diferentes. uma delas é com B.B. King, uma campanha para ajudar o que ele chama de Blacks Without Soul – que lembram o primo de Will Smith naquele seriado que ele fazia

Obama me lembra um bocado essa galera. tudo bem que ele não é republicano, mas sei lá. eu não consigo imagina Obama ouvindo o último disco de Jay Z. e que disco fuderoso é aquele! tipo, antes tinham criticado o cara por estar fazendo aquele RAP de sujeito com a vida estável, cheio da grana, casamento indo bem... só que Jay Z leva mesmo essa vida estável agora, e deve soar forçado ele falar da dificuldade de viver na rua e coisa e tal. só que o cara teve a idéia de fazer um disco conceitual, pega a trajetória de Frank Lucas – isso mesmo, o personagem de O Gangster – para fazer um disco com essa temática de disco de RAP. eu não vi o filme de Ridley Scott (dificuldade com Russel Crowe, sabe?), mas duvido que seja melhor que o American Gangster de Jay Z.

Mixtape#3

demorou pra eu postar dessa vez, mas já tava pronta faz tempo. acabou que eu tava ocupado com outras coisas e por veze acabei perdendo o ânimo de postar. a seleção tá variada, talvez não tanto quanto da outra vez, mas de fato está. de qualquer forma, eu tentei manter um 'conceito' dessa vez. me soa bem, mas não sei se funciona como conceito.

lado 1: [tocar]
Piano Man (Billy Joel) || Será que eu vou virar bolor (Arnaldo Baptista) || I'll Come Running (Brian Eno) || I Feel Like Going Home (Yo La Tengo) || Angel (Fiona Apple) || Mr. Boejangles (Nina Simone) || Programmable Soda (Tori Amos) || Pit Stop [Take Me Home] (Lovage)

lado 2: [tocar]
Long Flowing Robe (Todd Rundgren) || Um Girassol da Cor de Seu Cabelo (Lô Borges) || Grow Grow Grow (PJ Harvey) || Dead Piano (Pram) || Flip Flop Rock (Outkast ft. Killer Mike & Jay-Z) || Tudo Tem (João Donato) || Cantaloupe Island (Herbie Hancock) || Linus and Lucy (Ellis Marsalis Trio)