terça-feira, dezembro 31, 2002

Hoje escutei várias vezes After Hours do Velvet Underground, e nem tenho a música em casa. Sempre tinha acho a música legal, bonitinha e meiga, mas nunca tinha dado atenção à letra. Dizem que isso tem muito a ver com o que você tá vivendo no momento e tal... pode até ser... mas não é assim tão simples. Tudo bem que o momento que eu tô vivendo talvez me deixe mais sensível, e tudo bem que After Hours me faz lembrar de quando as coisas eram novidades pra mim e eu fica observando tudo acontecer e esperando que aquilo pudesse durar pra sempre. Teve uma festa na casa de uma amiga que foi exatamente isso... com todos seus momentos legais, não legais, incríveis, reveladores e por aí vai... Mas voltando. Uma letra que me toca muito e é algo que eu nunca vivi exatamente. O mundo é um moinho de Cartola, na qual ele dá conselhos sobre a vida à filha que está indo embora... O que acho mais angustiante na música é que todos os conselhos são válidos, muitos deles são realmente verdade... mas... não faz diferença. Embora eu mesmo concorde com tudo que ele diz, eu mesmo seguiria adiante com tudo... porque existe uma diferença muito grande entre entender e viver... (continua em 2003).

Nota: não sei explicar bem o motivo, mas não tenho sentido vontade de rever meu ano, nem de saber os melhores filmes, livros, disco e o diabo a quatro... foi um ano, bom, ruim, sacal, extasiante... não importa, sei que depois de amanhã vai ser outro dia e que bom que é outro ano pra a gente não enjoar sempre dos mesmo números e assim a gente pode estabelecer mais precisamente quando algo acontece na nossa vida. Antes eu gostava do final de ano... esse ano simplesmente não fez diferença.

domingo, dezembro 29, 2002

Shame on you!! Shame on both of you!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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I have sickness all around me!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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sexta-feira, dezembro 27, 2002

Dashiell Hammett começou a escrever romances policiais e se tornou um dos grandes autores americanos de sua época e tem um estilo que até hoje influência gente como Patrica Melo, por exemplo. O cara também escrevia pro cinema e tal, suas narrativas eram lançadas em revistas, fruto da industria cultural, pode-se dizer assim. Conheceu Hemingway, casou-se com Lillian Hellman que foi quem o introduziu no meio intelectual, é citado como influência de Raymond Chandler e William Burroughs. Escreveu uns poucos romances num periodo de 12 anos e depois disso nunca mais escreveu. Morreu duas décadas depois de seu último livro ter sido públicado.

Digo isso porque esse tipo de coisa acontece. O cara parecia mesmo destinado a ser um escritor, só que, de repente, sua criatividade narrativa foi embora. Ele continuou trabalhando no cinema, como consultor de roteiros, mas nada de escrever. Lilian continou escrevendo pra teatro e cinema, o que podia ser meio desconforável para ele, e pra ela também.

Pode ser que isso esteja acontecendo nesse exato momento. Pode ser que eu passe vinte anos sem escrever nada... bom, aí eu viro cozinheiro. Adoro cozinhar.

Quando a gente conhece uma pessoa especial boa parte dela é fruto da nossa imaginação, mas outra parte é bem real, pelo simples fato de que até imaginação precisa de uma base sólida.
Conheci uma pessoa fabulosa, e ela também é fruto da minha imaginação...
De qualquer modo, ela é muito real.
Porque ela não é fabulosa 100% do tempo

terça-feira, dezembro 24, 2002

Um ano de conversa jogada fora...

Como o texto sobre o filme tá uma merda, coloquei essa foto pra compensar

Vá lá... eu vivo reclamando, né? Abaixo a cabeça e digo que as coisas deviam ser mais simples. Sinceramente! Não queria viver reclamando não. Mas se até pra fazer algo que é potencialmente divertido é uma complicação...

Como já perdi o costume de comentar sobre filmes, vou me arriscar a dizer porque Punch Drunk Love de PT Anderson é um bom filme. Imagina você ter assistido Magnólia e se deparar com a notícia que no próximo filme do diretor teria SIMPLESMENTE Emily Watson (se bem que o adverbio não combina muito com ela)... e ainda, Adam Sandler. Eu fiquei curioso... então esse passou a ser o filme mais esperado do ano. A espera acabou numa sessão sábado passado às 18h. Tá... sobre o filme em si é possível se ler em vários lugares. O que me chamou atenção foi como a movimentação é feita dentro dos ambientes em que as ações se passam. Da mesma forma que podem separar pode juntar as pessoas. E é disso que PT Anderson gosta de falar. De como as pessoas podem, devem e se relacionam de qualquer forma. Tem gente que acha piegas. Eu acho que é isso mesmo. E, se eu andar pelo supermercado procurando algo e alguém parar pra me observar, ninguém vai dizer que é típico de filme. Esse tipo de coisa acontece.

Ah! Emily Watson está bem simples nesse filme. E isso é bom.

terça-feira, dezembro 17, 2002

Momento literatura superficial X música pop

First love never dies


Saí carregando pouca coisa e deixando três anos de casamento. Foram só duas semanas de desconfiança. Uma hora para ela contar tudo: um romance de seis meses com um antigo caso da adolescência. Dez minutos para me decidir.

Peguei esse táxi e deixei minha parte do nosso carro como presente para a nova vida dela. Ainda passei um cheque com o aluguel do mês, pois essa era minha vez.

Não poderia ser de outra forma. Quando aceitei a sugestão de nos casarmos, fiz com as melhores intenções. Mas não a amava. Pensei ser mais um caso de amor não correspondido na minha vida. Agora sei: o único não correspondido na história sou eu.

sábado, dezembro 14, 2002

Eu devia escrever alguma coisa...
Mas não sei exatamente o que.

Então, que aconteça tudo de uma vez!

Em caso de dúvida: tem remédio pra isso.

terça-feira, dezembro 10, 2002

Às vezes eu tenho a impressão de ser capaz de mudar o mudo por causa de algo que eu fiz. Mas isso nunca dura muito. Nunca parei para me perguntar porque realmente estou fazendo isso ou aquilo, além dos objetivos mais pragmáticos. Claro que existe o desejo de que aquilo mude alguma coisa em algum lugar por um período... Daí vem essa impressão, acredito.

Ontem vi um filme chamado Ônibus 174 (deve ter sido um dos melhores que eu vi esse ano - mas não vem ao caso), conta a história do famoso seqüestro de um ônibus num bairro carioca chamado Jardim Botânico. É uma dessas coisas que muda algo. Pelo menos por um período. É um filme que propõe uma reflexão sobre os problemas sociais, a partir de um fato específico, mas nunca isolado. Quem passou as quatro horas na frente da TV acompanhando o caso ao vivo, tem aqui a oportunidade de ter acesso a algo que o imediatismo de uma cobertura jornalística in loco acaba perdendo: o contexto. E acho que é isso o grande ponto do filme, voltar-se ao fato e tentar reconstruir uma cadeia de eventos até chegar ao trágico incidente...

E o que fiz depois do filme? Voltei para casa, a pé. E hoje retornei a minha vidinha normal... Mas é verdade: com novos subsídios para entender a questão social.

Talvez as mudanças se dêem também dessa forma sutil... assim, minha impressão pode não ter sido só impressão.

Uma bela noite... pena que seja de mentira

segunda-feira, dezembro 02, 2002

... porque tem coisas na vida que eu nunca vou entender.
... sabe por que?
... não faz difrença nenhuma entender, é preciso vivê-las...