domingo, fevereiro 24, 2002

Hoje foi um dia legal. Estive rodeado de pessoas legais, o clima festivo e alegre... É bem verdade que, algumas vezes, eu senti falta de algo... Sobre isso tudo que eu tenho a falar é...

God Only Knows
( The Beach Boys )

I may not always love you
But long as there are stars above you
You never need to doubt it
I'll make you so sure about it
God only knows what I'd be without you

If you should ever leave me
Though life would still go on, believe me
The world could show nothing to me
So what good would living do me?
God only knows what I'd be without you

God only knows what I'd be without you

God only knows what I'd be without you

If you should ever leave me
Though life would still go on, believe me
The world could show nothing to me
So what good would living do me?

God only knows what I'd be without you

terça-feira, fevereiro 19, 2002

A uma passante

A rua em derredor era um ruído incomum,
longa, magra, de luto e na dor majestosa,
Uma mulher passou e com a mão faustosa
Erguendo, balançando o festão e o debrum;

Nobre e ágil, tendo a perna assim de estátua exata.
Eu bebia perdido em minha crispação
No seu olhar, céu que germina o furacão,
A doçura que embala o frenesi que mata.

Um relâmpago e após a noite! — Aérea beldade,
E cujo olhar me fez renascer de repente,
So te verei um dia e já na eternidade?

Bem longe, tarde, além, jamais provavelmente!
Não sabes aonde vou, eu não sei aonde vais,
Tu que eu teria amado — e o sabias demais!

Charles Baudelaire

domingo, fevereiro 17, 2002

Depois de uma semana turbulenta, e em meio a uma doença meio sacana, decidi escrever alguma coisa. O pior é que não aconteceu nada de muito importante esses últimos dias.
Ontem eu ia com uns amigo ver Trapaceiros de Woody Allen, só que quando a gente chegou lá os ingressos já tinham esgotados. E isso não foi o pior. Depois que decidimos o que fazer da nossa noite eu começo a sentir dores pelo corpo e ficar meio cansado. Pois é, uma febre estava se apossando do meu corpo. Tive que voltar pra casa de ônibus, porque não tenho carro e ninguém por perto tinha também. Mas normal.
Semana passada teve o Carnaval, e por isso tem aquela letra de Manhã de Carnaval em algum lugar nesse blog. Durante o Carnaval rolaram coisas bem legais. Teve o show de Jorge Benjor, que foi no mínimo catártico, não dava para ficar parado um minuto que fosse. O cara é foda mesmo... É verdade que já foi um gênio, mas ainda é um ótimo entreteiner. E teve também o show do Trio Mocotó que foi igualmente sensacional, apesar de ter sido curto, mas foi bom porque não me esgotou tanto quanto o anterior. Ah! Nesse dia eu estava com uma linda saia preta. Não estava fantasiado de mulher, só estava usando uma saia, e confesso que foi bem legal usar.
Depois teve a quarta-feira de cinzas e o Hora Jazz de cinzas também, num dia totalmente cinzento. Nem lembro tudo que tocou. Lembro de Chet Baker e Paul Bley com How Deep is The Ocean e teve Miles Davis com uma música do Kind of Blues, nem lembro o nome da música, mas é linda.
Hoje eu vi o documentário de Ken Burns, e nesse episódio que vi falava do processo de gravação de Kind of Blues, que me pareceu bem interessante. Um disco incrível, gravado de uma forma diferente e com pessoas talentosas, iluminadas. Fiquei pensando como seria ter vivenciado aquilo... nem que fosse pra servir água pros músicos nos intervalos... Depois teve Coltrane tocando um levíssimo sax soprano em uma bela interpretação de My Favourite Things.
Poderia falar na perfeição irônica do mundo. Mas não estou afim. Para quê complicar as coisas? A beleza das coisas está na simplicidade, parece.

terça-feira, fevereiro 12, 2002

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You've Got to Hide Your Love Away
(Lennon/McCartney)

Here I stand head in hand
Turn my face to the wall
If she's gone I can't go on
Feelin' two-foot small

Everywhere people stare
Each and every day
I can see them laugh at me
And I hear them say

Hey you've got to hide your love away
Hey you've got to hide your love away

How could I even try
I can never win
Hearing them, seeing them
In the state I'm in

How could she say to me
Love will find a way
Gather round all you clowns
Let me hear you say

Hey you've got to hide your love away
Hey you've got to hide your love away

domingo, fevereiro 10, 2002

Manhã de Carnaval
(Luís Bonfá)

Manha tão bonita manhã
Na vida uma nova canção

Cantando só teus olhos,
teu riso, e tuas mãos

Pois há de haver um dia
em que virás

Das cordas do meu violão
que só teu amor procurou

Vem uma voz
falar dos beijos
perdidos nos lábios teus

Canta o meu coração
alegria voltou, tão feliz
a manhã deste amor

quinta-feira, fevereiro 07, 2002

Hoje li uma coisa massa. Vou copiar um trecho pra vocês... é uma citação de citação... no dia que for culto cito direto da fonte. Aí vai:

"O que o homem chama de amor é uma coisa muito restrita e débil comparada com essa orgia inefável, essa prostituição sagrada de uma alma que se entrega totalmente com toda a sua poesia e caridade, ao que emerge inesperadamente, ao desconhecido que passa"

Baudelaire


Só explicando que ele fala da cidade moderna, industrial... Essa é a "orgia inefável". O que achei mais interessante nisso tudo é a forma lânguida com que ele descreve a vida na cidade. Andar pela cidade é uma experiência antes de tudo sensorial... Você anda por aí observando e sendo observado. E o mais interessante de tudo é essa parte da prostituição... você divide experiências com pessoas desconhecidas. Os estranhos são parte da paisagem das grandes cidades. Antes o surgimento de um estranho num vilarejo era algo que mudava toda a paz do lugar. Nas grandes cidades, passou-se a andar entre estranhos com a maior naturalidade... Isso eu acho fabuloso. Lembra aquela frase de Um Bonde Chamado Desejo: "Sempre precisei da boa vontade de estranhos". Também me lembrou Magnólia...

segunda-feira, fevereiro 04, 2002

Bom, acho que tenho algumas novidade. E até são boas... Mas não vou comentá-las aqui. Não vejo sentido. Tem outras coisas que queria comentar aqui. Quer dizer... nem sei se quero. Até porque eu não estou entendendo bem o que está acontecendo. Tem uma parte que eu entendo bem, porque já me aconteceu antes... e não tem sido nada bom... Mas eu não sei o que realmente acontece dessa vez. Queria saber... pra parar de sentir medo. Tá foda, né? Tá ficando confessional demais isso aqui. Então não vou mais escrever nada. Ah! Ontem eu fui pra festa do Enquanto isso... Um bloco de Carnaval onde as pessoas saem fantasiadas de super-heróis, foi bem legal a festa. Foi divida em duas partes, uma extremamente legal e calma e outra bem legal e agitada... Com grande diferenças entre as duas... mas na verdade a diferença estava em mim, sabe? Tá foda, né? Vou parando por aqui.