Dizem que um dia o pessoal do Pink Floyd simplesmente não foi pegar Syd Barrett para um show da banda e ele nunca mais fez parte do PF. Essa foi a forma que encontraram para resolver a situação sem chegar e dizer "Syd, você é Maluco" e talvez emendando com um "desculpa dizer". Simplesmente não foram pegar o cara, como devia estar acertado. Sei que é uma história muito sem substância material, dificil acreditar que foi assim, ou que só isso bastou para tirarem o principal compositor do grupo. Mas acho que é uma história que vale pela força emblemática.
Alguém que você conhece, com quem trabalha, não está muito bem, o que você faria? Tentaria ajudar? Ou se afastaria? Faria isso acreditando que era a melhor forma de ajudar?
Eu não sei responder essa pergunta. Na verdade eu não fiz nenhum esforço para chegar a alguma conclusão. O que fico pensando é em Syd Barrett. Em como ele deve ter se sentido quando alguém chegou para ele e disse: "Foi mal, você é louco e é melhor eu me afastar de você". E mesmo que não tenham dito. Como uma pessoa se sente quando não passam para pegá-la? Fico pensando se ele demorou a perceber e tal... Alguém pode dizer que isso não é importante... o que importa é a obra do cara. Já por mim eu não sei, mas, apesar de gostar muito das coisas que ouvi de Barrett, não consigo não pensar no estado dele. Porque, no fim de tudo, o cara é um gênio, mas foi julgado por causa da sua maneira, digamos, peculiar de ser.
:: blog de lilo. ornette-coleman-meets-sonic-youth-in-a-phil-spector-wall-of-sound-remixed-by-frank-zappa-using-hi-tech-protools-and-vintage-keyboards. mais ou menos isso. [>]
Esta foi uma semana bem Spielberguiana. Não pelos acontecimentos, que foram bem normais, mas porque fui ao cinema ver dois filmes dele mesmo. O primeiro foi Minority Report: A Nova Lei, que tava querendo ver desde quando soube do projeto, pois achei muito estranho Spielberg fazer um filme com uma trama desse tipo. O filme é bom, como eu esperava. Tem uma trama muito interessante, do mesmo escritor de Do androids dream about eletronic sheeps? - romance no qual se baseou o roteiro de Blade Runner, sobre um policial que trabalha numa divisão onde os crimes são resolvidos antes mesmo de acontecerem (quem quiser saber mais sobre o filme vai no
O outro filme dele que vi foi ET. Bom, esse todo mundo já deve ter visto e deve saber também que ele voltou ao cinema em comemoração aos 20 anos da estréia. O legal dele é que continua sendo um ótimo filme de família, sem ser um filme bobo. O começo tem uma das cenas que dão uma sensação de medo e angústia enorme. A as partes emotivas são singelas e sinceras. Na sessão tinha algumas criancinhas, provavelmente assistindo pela primeira vez, levada pelos pais que certamente já tinha visto o filme antes no cinema. A cópia era legendada, mas a crianças pareciam entender bem o filme e sempre faziam perguntas 'engraçadas' e com uma visão bem particular da história. Sabe o sentimento que fica depois de rever ET (foi a primeira vez que vi no cinema)? Tipo, quando você volta para um lugar que você só conheceu quando era criança... a imagem que você tinha deste lugar era de que ele era enorme e havia vários detalhes que você não entendia mas imaginava, aí quando você volta lá vê as coisas como elas realmente são. Bom, no caso de ET, você vê um filme realmente bom, mesmo depois que você se torna uma pessoa interessada em cinema e vê filmes adultos e complexos.