segunda-feira, fevereiro 17, 2003

Um amigo meu um dia disse que iria ler todos os livro que Kubrick leu, e na mesma ordem, se não me engano. Pode ser algo tentador agir da mesma forma que uma pessoa que admiramos. Talvez dê para se tornar um pouco como ela. Talvez seja possível sentir como ela. Eu particularmente acho que é muito possível. Mas, é importante saber quem você é. Eu já quis ser dez pessoas diferentes ao mesmo tempo. Isso porque sinto uma infinidade de coisas em intervalos muito curto de tempo. E entre um desses lapsos e outros, acho que no fim das contas eu só poderia ser eu mesmo. Mesmo que fosse os dez... mesmo que vivesse todas as experiências dos outros dez... mesmo com todo o esforço dos dez... eu nasci para ser eu mesmo. E não outra pessoa. E o que é pra mim... é meu. O que não é... é exterior, digno da minha atenção, lógico... mas, somente como expectador. As pessoas sentem as mesmas coisas, basicamente. Cada um tem seu jeito de reagir e até mesmo de sentir... mas é a mesma coisa no fim de tudo (aquela velha história de ver as coisas da superfície) é a mesma coisa. Por isso mesmo não é difícil sentir como outra pessoa. Uma pergunta deve ser feita: é isso mesmo que se deseja? Não já se sente o suficiente sendo uma pessoa? Aliás, às vezes não se parece ser mais do que o suportável sentir? Cada pessoa é um mundo. É justo e necessário querer entendê-las. É válido vez por outra se colarcar na posição de alguém para encarar uma questão de outra forma. Mas uma coisa é inevitável: você será sempre você. E o que isso tudo quer dizer? Bom... se coloque no meu lugar...

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