e lá se vai mais um final de semana. o interessante é que faz tempo que não tinha um final de semana como esse. recentemente passei um período sem sair muito, por vários motivos que não vêm ao caso agora. talvez isso ajude no fato desse final de semana ter sido diferente. mas tipo, semana passada meu final de semana foi bem agitado... enfim.
na sexta eu saí de casa seguindo aquela filosofia "na dúvida, vá", aí fui pra uma festa lá em água fria. a festa não foi ruim, para uma festa que também era uma exposição de artes (e eu me sentia em uma grande instalação). havia pessoas legais por lá, a seleção musical muito me agradava, era definitivamente um lugar diferente (embora o clima não fosse tão diferente assim), só que... o tempo todo eu tentava descobrir o motivo de eu estar ali. bom, é verdade, tinha um motivo, mas que depois se mostrou um motivo muito frágil. então, aconteceu aquela coisa que foi a mais importante da noite: voltar para casa. e fazia tempo que eu não me encontrava numa roubada como a de andar pelas ruas de água fria em busca de um táxi. com Flávia e Sil falando o tempo todo que íamos ser assaltados (ou coisa pior, já que rolou até uma conversa interurbana de adeus) e Deco dizendo para elas se acalmarem. e foi aí que eu lembrei da regra de ouro da roubada: aceitá-la com tudo que ela pode trazer, mas sempre manter a calma; fingir para si mesmo que é algo bastante aceitável e normal. e depois ficou a história, tanto que tive que ouvir que foi a maior loucura do mundo (para mim loucura teria sido ficar lá... existem pessoas sem carro no mundo e elas têm o direito de sair, e têm seus motivos para andarem até a avenida Beberibe, acreditem).
então, teve o sábado. que foi de fato a parte boa. porque teve o aniversário do Pajé, comemorado em uma enorme mesa (que não era suficiente para acomodar todos) lá no Central. lá também estava, em outra mesa, Laura, com quem eu nunca tinha conversado ao vivo antes. foi legal encontrá-la. a partir daí, com novos e velhos amigos, que começou um certo clima nostálgico. talvez a guerra de guardanapos tenha sido um catalisador. então teve Nina Simone e o inevitável papo sobre Antes do pôr-do-sol (que, eu já falei aqui, marca a passagem do tempo de um período da minha vida).
depois ainda saí com Mara e Marina, e o Pajé veio com a gente. o que foi a coisa mais legal, porque eu não me lembro da última vez que fiz alguma coisa desse tipo com as meninas. o engraçado é que elas normalmente estão nos mesmo lugares que eu freqüento, mas, por causa dessas coisas da vida, a gente normalmente só se cumprimenta e tem uma conversinha rápida. e foi legal, porque é um exemplo de como as ligações entre as pessoas nunca deixam de existir. tipo, fiquei feliz de ter conversado com Marina, porque a gente foi tão próximo uma época e eu pensei que tudo tinha se perdido. foi legal ter ido dançar e falar besteira com Mara, Marina e Pajé lá no Panquecas e acabamos encontrando com Ernesto, que tinha estado no Central também. eu só o conhecia ele dos corredores da faculdade e alguns amigos em comum, mas também ajudou a aumentar o clima nostálgico. que foi sacramentado por uma seqüência clichê de hits dos anos 90 (com direito a Mr. Jones e Come as you are). e tipo, teve até Epic do Fatih No More. devia fazer fácil uns doze anos que eu não ouvia essa música em uma festa.
a gente ainda foi pro garagem e conversamos sobre várias coisas, até sobre festinhas do passado. também vimos umas pessoas dançando no meio da rua ao som de uma música que vinha de um carro, mas que praticamente só eles ouviam. Flávio Pessoa fez uma consideração importante: o garagem estava cheio e não tinha quase ninguém conhecido. e o Pajé emendou: pelo menos assim dá a impressão de que Recife não é um ovo.
domingo, julho 17, 2005
tema e forma
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