“Acho que estou deixando de amar você. Ontem passei o dia tossindo. Não. É sério. Faz todo sentido: eu tinha essa tosse antes de conhecer você. Aí, ela sumiu por um tempo. Só que agora voltou. Acho que estou deixando de amar você. Por que tá estranhando? Pode rir se quiser. Além do mais, tosse serve para expelir coisas que tem dentro da gente. Faz todo sentido. Primeiro foram as espinhas. Não tinha tantas espinhas de uma só vez desde a adolescência. Depois um terçol no olho direito que me obrigou passar a semana toda usando óculos escuro. Não. Não estou mudando os argumentos. São dois argumentos. Agora eu tenho pelo menos isso. Ora, você me pediu tanto para não alimentar esse sentimento. Alimentei, é verdade. Mas posso vomitar tudo de volta. Só que eu não acho legal vomitar. Deixa um gosto ruim na boca. Por isso a tosse é mais legal. Só incomoda a garganta, daí talvez eu passe a falar menos. O que vai ser uma coisa legal. Eu costumava falar pouco antes de conhecer você, sabia? Tá vendo? Tô tossindo muito. Acho que estou deixando de amar você"
sábado, novembro 30, 2002
terça-feira, novembro 26, 2002
sexta-feira, novembro 22, 2002
Parece que sim. Escrever vale mais do que viver. Além de tudo, escrever é mais simples. Você nunca sabe bem porque está vivendo, e quando pensa que sabe, tiram-lhe este motivo. Você sempre sabe porque está escrevendo. E, se ainda assim, tentam lhe tirar o motivo, você já escreveu mesmo. Ninguém vai mais tirar isso de você. Porque você se ilude muito nessa vida, e escrever pode até ser ilusório, mas no fim das contas encontra sua própria concretização... Textos nunca são definitivos, você pode sempre revisar e dar um novo tratamento. Escrever aceita qualquer estado de espírito, viver aceita porque é o jeito... fazer o que, né? Porque às vezes a vida parece muito longa, e você pode parar de escrever quando quiser... e depois retomar tudo em outro texto. Escrevendo você não consegue distinguir se vive para escrever ou escreve para viver.
Talvez por isso mesmo, escrever nunca vai valer mais a pena do quer viver.
segunda-feira, novembro 18, 2002
segunda-feira, novembro 11, 2002
Em meio ao caos da vida contemporânea, encontrei uma brecha para tratar de um assunto interessante, e que ainda por cima não foge ao tópico tão em voga neste blog. Não... não vou repetí-lo agora...
A gente tende a tomar certas atitudes que não tomaria normalmente, ou que nem mesmo tinhamos pensado antes a respeito, só pelo fato de existir alguma ocasião propícia. E, não incomum, as razões a provocar esta mudança de idéia e comportamente são fracas, pouco desenvolvidas e sem sustentação depois de algum tempo. Então nos convencemos de como é seria legal se fizessemos esta ou aquela coisa só porque não sabemos quando poderemos fazer de novo... e nos esquecemos se precisamos mesmo fazer isso, ou se tem importância em algum nível. Vai ver a vida é isso mesmo... se dar conta de uma boa oportunidade para fazer coisas que não precisamos e que nunca nos importamos em fazer ou não... ou ainda que nunca nos demos contas de que se quer existiam.
Os problemas do site desta vez são de ordem material e estrutural... embora a crise filosófica ainda persista, ainda que um pouco menos intensa.
Aguardem para breve o reestabelecimento.
quinta-feira, novembro 07, 2002
segunda-feira, novembro 04, 2002
Um amor supremo e amor é a droga
- Psssiu
- oioi
- Eu gosto de tu.
- Às vezes eu preciso de tu.
- Mas eu prefiro quando só gosto.
- e às vezes eu sou uma merda né?
- Porque tu não precisa de mim.
- hum eu gosto de tu tb. desculpa qq coisa (um beijo)
- Às vezes você é você.
- Às vezes você é o melhor você que existe.
- A gente não pode ser sempre o melhor... eu acho.
- poxa... conseguisse falar oq eu sempre pensei e nunca consegui arruma direitinho
(outro beijo)
- beijo pra tu
(um beijo de volta)
- preciso dormir
- Durma bem.
- tu tb!
Porque, afinal de contas, estamos sempre vivendo com tantas coisas... e nem todas são nossas. Aí a gente se apodera delas e tenta usá-las da melhor forma possível, mas com cuidado para não abusar. O difícil pode ser quando precisar separar as coisas... o que é da gente e o que não é?
domingo, novembro 03, 2002
Quem pode dizer o que vai acontecer uma década depois?
Mergulho em uma paixão
(Wild Heart Can't be Broken) EUA 1991 Drama
Direção: Steve Miner. Com Gabrielle Anwar, Michael Schoeffling, Cliff Robertson
Buena Vista Pictures e Walt Disney
Sonora é uma jovem orfã que foge da casa da tia para se tornar saltadora no show de Sr. Carver. A estória se passa durante a depressão dos anos 30. Bela trilha sonora e uma ótima reconstituição de época. Aclamado pela crítica um dos melhores filmes da Disney dos últimos anos. (Excelente)
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Escrito em algum dia entre 1992 e 1993 (uns 10 anos, por tanto).
Essa na foto é a tal Gabrielle. Acho que foi a primeira