ontem eu vi esse filme, Minha vida sem mim, que tem essa estrutura clássica de melodrama. e o engraçado é que, mesmo sendo um melodrama, a protagonista não escuta música, e olha que a mãe dela é Deborah Harry. a história é aquela de alguém que descobre que tem uma doença terminal e muda sua percepção da vida. eu diria que é um filme legal. assim, racionalmente eu tenho dificuldades em dizer que o filme seja bom, mas ele é correto. afetivamente, eu gostei. algumas razões simples. a primeira delas é Sarah Polley, que é uma atriz, e é bonita, mas que consegue como poucas atrizes (sejam elas mais ou menos bonitas) passar aquela sensação de 'a menina do ponto de ônibus'. e isso é geralmente uma parte boa dos filmes dela, porque você sente que em algum lugar as suas personagens existem. a segunda razão tem muito a ver com esta, que é a naturalidade das cenas de família. as meninas realmente parecem ser filhas dela, assim como o cara parece ser um pai e que eles todos vivem em um trailer no quintal da casa da mãe dela. e aquele médico me pareceu um personagem tão exato. eu não sei como deve ser pra um médico dizer a uma paciente de 23 anos que ela vai morrer exatamente por ser jovem demais, mas, mesmo que não seja a forma correta, o filme explora isso sem fazer alardes sentimentalistas. duas Ann que são vizinhas. porque isso é algo tão possível de acontecer, mas poucos filmes, diria, poucas obras de ficção, têm coragem de colocar dois personagens com o mesmo nome sem que isso seja um detalhe determinante. e tem também God only knows que entra aqui por um motivo bem pessoal: eu escrevi uma história em que essa está presente (e que também tem duas personagens com o mesmo nome). e também tem uma casa vazia onde duas pessoas, por um período curto, vão ser de extrema importância uma para a outra. essas são as razões. tem algumas ressalvas que eu fiz enquanto assistia: como algumas cenas em câmera lenta, um balé meio estranho no supermercado, uma pessoa tocando música com taças. mas até que são cenas bem feitas. no entanto, é a cena em que ela está no carro gravando mensagens de aniversário para as filhas até a idade de 18 anos que faz realmente o filme valer a pena. e eu escrevi esse texto só para mencionar essa cena, mas eu não sei mais o que dizer a respeito.
quarta-feira, agosto 03, 2005
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