teve esse dia em que voltava do trabalho para casa de ônibus, enquanto mantinha uma conversa com alguém que não tinha o que conversar, só porque tive a infelicidade de fazer parte do mesmo itinerário na mesma hora. e foi uma parada antes de descer que vi pela janela aquela menina, vestida com farda do colégio, esperando seu ônibus. foi o tempo suficiente para que ela percebesse que estava sendo observada e devolvesse o olhar. e, sem que nenhum dos dois desviasse após o encontro, de repente avia se transformado em flerte. e a menina sorriu e eu sorri de volta. aí o ônibus partiu.
aí, em uma noite de sexta-madrugada de sábado, após ter escolhido ir a um show que deixou muito a desejar, penso em ir pra casa. até saber que alguns amigos vão esticar em um bar gls. sem ter muito o que perder, decido ir, só pra ver no que vai dar. já na entrada uma boa notícia, a mulher libera a minha taxa de entrada e converte em consumação. mas eu entro no lugar e não consigo disfarçar o fato de estar me sentindo deslocado, o que aumenta quando percebo que todo mundo se conhece e eu não conheço quase ninguém. danço um pouco e lembro que tenho que consumir algo. pinga e coca-cola me parece razoável. em um tv passa clipes da Madonna. sentado no balcão, porque sempre achei isso de ficar no balcão massa. e então tem essa balconista, que devia ser lésbica, e que dança e serve um drinque pra si mesma (já era mais de 3h, eu acho que ela merecia). aí eu fico olhando de vez em quando, e percebo que ela olha de vez em quando. não sei se incomodada ou achando normal. aí mais gente teve a mesma idéia de ficar no balcão.
em nenhuma das vezes eu esperava poder desenvolver essa relação superficial. na segunda vez ainda troquei algumas palavras além de pedir minha dose. a primeira tornou meu dia mais leve e a segunda salvou minha noite.
quinta-feira, agosto 11, 2005
um fim em si mesmo
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