Neruda para tirar de tempo:
XLIV
SABRÁS que no te amo y que te amo
puesto que de dos modos es la vida,
la palabra es un ala del silencio,
el fuego tiene una mitad de frío.
Yo te amo para comenzar a amarte,
para recomenzar el infinito
y para no dejar de amarte nunca:
por eso no te amo todavía.
Te amo y no te amo como si tuviera
en mis manos las llaves de la dicha
y un incierto destino desdichado.
Mi amor tiene dos vidas para amarte.
Por eso te amo cuando no te amo
y por eso te amo cuando te amo.
Retirado do livro Cien Sonetos de Amor
terça-feira, janeiro 29, 2002
Clássicos do cancioneiro popular:
I started a joke, which started the whole world crying,
but I didn't see that the joke was on me, oh no.
I started to cry, which started the whole world laughing,
oh, if I'd only seen that the joke was on me.
I looked at the skies, running my hands over my eyes,
and I fell out of bed, hurting my head from things that I'd said.
Til I finally died, which started the whole world living,
oh, if I'd only seen that the joke was on me.
I looked at the skies, running my hands over my eyes,
and I fell out of bed, hurting my head from things that I'd said.
'Til I finally died, which started the whole world living,
oh, if I'd only seen that the joke was one me
domingo, janeiro 27, 2002
Esse blog tá paradão, né?
Fazer o que? A vida é assim mesmo... Porque o blog tem que ter um monte de coisas escritas e fotinhos legais se a vida não tem tanta coisa assim. Vou parar por aqui que fica parecendo uma adolescente reclamona... Bom, na verdade eu não estou reclamando, talvez dando uma desculpa... mas enfim... Eu disse que ia continuar falando aquelas coisas sobre discos de rock que eu gosto, mas não estou afim agora. Vou escrever sobre outra coisa e talvez me achem retardado por isso.
Vou começar com uma que acho fabulosa e termina com a seguinte frase - "Nem tudo na vida é por sua causa, Mulder". Já deu pra sacar qual o seriado... por isso nem vou dizer o nome para poderem me chamar de metido, aqueles que não sabem do que se trata. É linda essa cena. Os agentes do FBI estão no escritório que os dois dividem, Scully está olhando para uma pétala ressecada que ela encontrou num memorial que tem os nomes dos soldados mortos no Vietnã, eu acho, e Mulder está comentando sobre o último caso no qual a própria agente estava envolvida. Ela arrumara um namorado que tinha uma tatuagem estranha que provocava alucinações ergóticas. Aí o idiota pergunta para ela se ela tinha se metido naquilo tudo porque ele não tinha colocado a plaquinha com o nome dela na mesa. Aí ela diz aquela frase do começo do texto... "Essa é minha vida" ela diz depois que Mulder retruca alguma coisa. Isso tudo porque às vezes é foda a gente perceber que não está sendo o personagem principal dos acontecimentos importantes da nossa vida... e isso tudo também porque é difícil perceber outras razões nas vidas das pessoas que a gente gosta que não dizem respeito a gente... o que é igualmente foda.
Também tem uma cena de Friends que Joe diz que foi chamado para ensinar uns bailarinos de um musical e Chendler pergunta se ele sabe dançar e ele faz uma dança muito estúpida, parecida com aquelas que se faz ao som de música 'alternativa'... Chandler sai da sala aterrorizado e indignado. Muito engraçada a cena. Isso tudo porque às vezes a gente não tem trabalho e tem que pegar o que aparecer pela frente... e isso tudo porque a gente não sabe como dança ridículo até um amigo ter uma reação exagerada...
sábado, janeiro 26, 2002
quarta-feira, janeiro 23, 2002
Tá bom. Já tava ficando chato esse papo de só falar de músicos de jazz. Fica parecendo que eu sou metido a merda, comedor de sushi, personagem de filme de Woody Allen. Tudo bem, eu realmente tenho escutado muito jazz ultimamente, adoro sushi e já vi muitos filmes de Woody Allen e gostei da maioria. Mas também não é só isso, né? Eu escuto outras coisa, e não só Stereolab, como já citei. Lembra do Faith No More? É uma das bandas de rock que eu mais gostei. Tenho The Real Thing e acho um disco bem legal, mas é o disco seguinte, Angel Dust que é maravilhoso. Esse eu não tenho, não sei o que dizer, mas acho que sou um otário. Devo ter tido oportunidades de comprar esse disco e não o comprei. Escutei na época do lançamento, um sujeito que eu conhecia tinha, e gostei. Depois fiquei escutando só as músicas que tocavam na MTV. Tempos mais tarde tive a oportunidade de ouvir de novo e o disco pareceu-me mais sensacional. E, hoje em dia, que eu sinto uma certa falta em escutar um bom disco de rock, algo mais pesado, sinto muito não ter comprado o Angel Dust quando pude. Outra banda que eu gosto muito é o Smashin Pumpkins, tanto que foi a banda que recorri quando me dei conta que estava escutando pouco rock em casa. Mellon Collie & The Infinite Sadness é um dos melhores discos que eu tenho, andei escutando-o ultimamente e tem sido legal. Bom, recentemente eu comprei Murder Ballads de Nick Cave. É um disco muito carregado, tem um clima muito triste e soturno, mas eu um disco que eu precisava ter, acho que por isso mesmo.
Coisas que eu escuto e ninguém me acha metido por isso ou Como eu já fui um fã do Sepultura continua...
domingo, janeiro 13, 2002
Uma coisa que me veio ao pensamento. John Coltrane, como todos devem saber, foi viciado em heroína e em álcool. Ele chegou ao fundo o poço. Só que ele conseguiu se livrar disso. Como ele disse, teve um encontro com a espiritualidade, aproximou-se de Deus. A partir desse encontro ele decidiu que a missão dele era fazer as pessoas mais felizes através de sua música, e a forma que ele encontrou de fazer isso foi compondo e gravando uma obra chamada A Love Supreme. E ele conseguiu. Eu digo isso por experiência própria. Eu tive poucas oportunidades de escutar este disco, mas todas foram especiais de alguma forma. Tipo, o cara encarou o inferno de frente, deve ter se encontrado cara a cara com a morte, e conseguiu escapar - não da morte, é verdade, ele morreu poucos anos depois de gravar o disco - e graças ao talento dele. Não diretamente, claro. Mas acho que teria sido mais difícil se ele não pudesse se apoiar na idéia de fazer música. Fazer boa música. E eu digo isso sem nenhum tipo de complexo de inferioridade. Muito pelo contrário. O Disco é tão bom que não dá para sentir-se inferiorizado por ele. Acho que é o tipo da coisa de você pensar que no fundo foi para fazer pessoas como eu felizes que Coltrane fez isso. Eu me sinto feliz por ter ajudado Coltrane dessa forma. E muito grato por ele ter me dado o privilégio de ouvir A Love Supreme.
A Love Supreme
A Love Supreme
A Love Supreme
A Love Supreme
quarta-feira, janeiro 09, 2002
Depois de várias tentativas frustradas de acessar esta droga, eis que o Blogger resolveu colaborar. Já estava mais do que na hora.
Deixando o papo de lado, vamos logo ao que interessa.
Procurei uns trompetes pela Internet, fui nos sites de algumas fábricas e lojas de músicas, encontrei uma maravilhoso - embora não saiba dizer baseado em que ele é maravilhoso - pelo menos foi o que o texto do site conseguiu me passar. E pelo preço tinha que ser maravilhoso mesmo. Tudo bem, pode parecer apenas um capricho esse lance de querer um trompete não entendendo nada do instrumento. A única coisa que entendo sobre isto é que eu acho muito bonito e queria saber tocar. É isso. Fico devendo o site da fábrica lá, mas, pensando bem, ninguém vai se interessar por uma fábrica de trompetes, principalmente se chegar a ler este blog.
Por falar em trompete, finalmente foi lançado no Brasil o livro de memórias de Chet Baker. Apesar de querer muito ler este bendito livo, uma coisa me deixou muito puto. O título original do livro é As Though I Had Wings: The Lost Memoir. Tão poético! Lindo, não? Pois é. Mas no Brasil o livro se chama Memórias Perdidas... Vou nem comentar mais nada. O fato é que deve demorar um pouco para poder ler este livro, porque não disponho de grana no momento... Se uma alma caridosa quisesse me dar... mas eu não acredito em almas caridosas. Principalmente depois das últimas coisas que rolaram por essas bandas...