Porra!
Quero mais isso pra mim não, tá?
Esse foi o limite.
É sério... o que tá acontecendo? Eu não quero que sorriam pra mim por causa do jogral de final de ano. "Ô, que legal que você fez!"... faz mais amanhã tá... seja um bom garoto e continue fazendo. Porra nenhuma! Porra nenhuma! Porra nenhuma!!!!!!!Pode ir embora... eu arrumo tudo... agora vão embora... desapareçam... o show acabou. ACABOU!!!!! Não tem mais porra nenhuma pra se ver aqui...
"Pra quê eu vou atualizar meu blog se eu não atualizo minha vida"
segunda-feira, abril 21, 2003
domingo, abril 20, 2003
Eu lembrei de um filme que eu vi faz muito tempo. Chama-se A Prova. Sobre um cara que é cego (deficiente visual, se preferir). Ele tira vive tirando fotos e pede para que as pessoas descrevam o que está nelas... é a forma dele enxergar as coisas. Sempre dependendo de um câmera polaroid, alguém para lhe contar e uma maquininha que faz etiquetas em braile. Uma des primeiras cenas ele, ainda criança, pede pra que uma mulher - e, se não me esqueço, é a mão dele - para descrever a vista de uma janela. A mulher da todos os detalhes que ela pode dar do que ela vê, mas o menino não acredita. Ela insiste que está falando a verdade, mas ele continua dizendo que não é. Ela pergunta qual motivo ela teria para enganá-lo. A resposta: "porque você pode".
Tem sempre uma visão com relação a todo mundo com que se relaciona. Pode se esperar sempre pelo pior das pessoas. E elas vão lá e fazem exatamente isso. Espera-se o melhor, e elas não surpreendem. Não se espera nada e elas continuam a fazer de qualquer jeito. É inevitável que façam bem ou que façam mal...
"Nunca havia provado o gosto do amor, até lhe ver. A vida é repleta de experiências provisórias e pessoas provisórias. Eu sei que, para você, serei definitivo. Não estou pedindo que você diga “sim” pra mim neste momento, isso não! Lhe darei um tempo para pensar. Apenas saiba que a amo muito e que estarei aqui para você, sempre"
Se você ouvisse isso acharia que é loucura?
sexta-feira, abril 18, 2003
quinta-feira, abril 17, 2003
Eu vou encontar você lá.
(eu estraria lá mesmo...)
(Gershwin continua valendo)
Someday she'll come along, the girl I love
Her smile will be a song, the girl I love
And when she comes my way
I'll do my best to make her stay
I'll look at her and smile,
She'll understand
And in a little while I'll take her hand
And though it seems absurd
I know we both won't say a word
Barra de aveia e maçã
Ingredientes:
700 g de maçã
¼ xícara (chá) de uva-passa
suco de ½ limão
1 colher (chá) de canela em pó
2 xícaras (chá) de farinha integral
1 xícara (chá) de aveia em flocos
1 colher (chá) de sal
250 g de manteiga
¾ xícara (chá) de açúcar mascavo
manteiga e farinha, o quanto baste para untar
Modo de preparo:
1. Ligue o forno em temperatura média (180 graus). Unte uma assadeira (25x15cm): espalhe um pouco de manteiga com um pedaço de papel-toalha para ficar bem uniforme e polvilhe farinha.
2. Descasque as maçãs e retire os miolos. Corte as maçãs ao meio e apóie a parte plana sobre uma tábua. Com uma faquinha afiada, corte fatias bem finas.
3. Coloque o suco de limão, a canela, as uvas-passa e as fatias de maçã numa tigela e misture bem.
4. Coloque a manteiga e o açúcar mascavo numa panela pequena e leve ao fogo baixo para derreter.
5. Coloque a farinha integral, a aveia e o sal numa tigela e misture bem.
6. Junte a manteiga e o açúcar derretidos aos ingredientes secos. Mexa com uma colher de pau até ficar homogêneo.
7. Separe esta massa em duas porções iguais.
8. Acrescente uma porção da massa sobre a assadeira untada e aperte com as mãos, cobrindo todo o fundo.
9. Acrescente as maçãs reservadas sobre a massa.
10. Acrescente a outra porção de massa sobre o recheio e aperte bem com as mãos, cobrindo todos os espaços.
11. Leve a assadeira ao forno pré-aquecido por 25 minutos ou até que comece a dourar.
12. Retire do forno, espere 10 minutos e corte com uma faca as barras de cereais do tamanho desejado.
14. Após esfriarem, conserve em recipiente com tampa em local seco e arejado.
quarta-feira, abril 16, 2003
terça-feira, abril 15, 2003
domingo, abril 13, 2003
...bom. Aí tinha esse cara. Ele estava atravessando uma rua e viu um papel no chão. Ele se abaixou para ver o que tinha escrito. Manda ele olhar para a direita. Quando ele olha vê um carro se aproximando e ouve-se uma pacanda. Corta para ele acordando. Na hora eu pensei: o papel só podia ser uma brincadeira de mal gosto. O papel estava no meio da pista e dizia para olhar na direção em que vinham os carros. Uma mensagem que servia para alertar o que ela mesma provocava. Não estivesse o papel ali, o cara não teria parado no meio da pista.
O que se segue depois é uma avalanche de pensamentos e reflexões sobre a vida e os sonhos. Sobre a humanidade, sobre evolução, sobre relacionamentos, sobre sentimentos, sobre filosofia, sobre ciência... e nada muito lógico. Ou melhor, nada muito bem articulado, como num sonho. É uma sensação parecida com a do papel que Waking Life me dá. Não necessáriamente por ser uma brincadeira de mal gosto. Mas no sentido de querer explicar coisas por ele mesmo despertadas. E não é o caso de ser bom ou ruim por causa disso.
Gosto de ver pessoas conversando. É interessante ver como um assunto vai se desdobrando, como as pessoas vão criando seus argumentos e como isso acaba definindo pontos de vista. Seja lá sobre o que conversam, é dessa forma que pessoas se conhecem. É como elas se constroem socialmente. E cada tópico levantado serve talvez para completar ou complicar mais cada um. Waking Life é só conversas e reflexões. Um filme com muito texto aparentemente é um saco. Porque não escrever um livro sobre isso? Provavelmente porque um livro precisa ser mais centrado, ter uma conexão de ideias. O filme é, talvez, um processo que levaria a um livro. E um filme se constrói em cima de imagens. E ele usa isso bem, fazendo certas simbologias, retirando discursos de um contexto e colocando em outro no meio da conversa.Em um dialogo se discute exatamente a diferença entre cinema e literatura. E Waking Like não é sobre um cara numa realidade estranha é sobre esse cara nessa realidade estranha. E isso faz muita diferença para o filme. Na forma como a mensagem é recebida.
Tem uma cena em que uma mulher esbarra com o cara e volta para ele para explicar como aquilo a incomodava. Porque eles se esbarravam e pediam desculpas e iam embora sem nenhum tipo de interação humana. E ela fala que não queria ser como formigas que se encontram mudam a direção e seguem como se nada tivesse acontecido. Ela faz esse discurso sobre o distanciamento das pessoas e acaba por resolver esse problema. Ao se mostrar insatisfeita e ir explicar isso ao cara o problema entre os dois para de existir.Parece tão óbvio, mas é tão difícil de acontecer.
sexta-feira, abril 11, 2003
O momento roubado
Comecei a escutar Eric Dolphy. Como terá sido enquanto ele tocava o sax para gravar aquela música? Fico imaginando-o colocar toda aquela energia que atravessa todo o universo em notas músicais. Como será sentir o ar saindo dos pulmões e se transformando em algo que vai deleitar outras pessoas? Será que se pensa nisso? Não sei mesmo. Mas o nome da música, The Stolen Moment, faz-me pensar que sim. Logo eu pensei no momento dele, que todo mundo de certa forma se apropriava para dar um significado de acordo contextos tão diferentes que o próprio Dolphy jamais poderia imaginar quando estava compondo - pelo menos eu acho. Por outro lado, o título pode significar exatamente o contrário. A música se inteferindo nos momentos alheios. Como aconteceu enquanto eu escrevia esse texto e como acontece enquanto ele é lido - mesmo que o leitor nunca tenha escutado essa música.
Roubar momentos, tê-los roubados. Isso sempre acontece. A não ser quando se está muito só - como eu estou agora, mas, ainda assim estou tentando roubar o momento de alguém. Uma pessoa sempre vai ter sua visão particular sobre algo que aconteceu a outra pessoa também. Na nossa vida, temos vários níveis de relacionamentos; dos mais superficiais aos mais profundos, dos mais fugazes aos mais duradoures, dos mais incostantes aos mais plenos... e todos eles se baseiam um pouco em momentos roubados. Na melhor das hipóteses, em momentos divididos (mesmo que nem sempre se tenha escolha).
É isso que acontece quando eu leio algo e intepreto de acordo com o que estou vendo. Ou quando uma música me remete a um sentimento particular. E um filme parece ter sido feito pra mim. Quando convido alguém para almoçar comigo. Quando digo a essa pessoa algo que sei que vai deixá-la pensativa. Quando escrevo algo... E, no entanto, alguém está roubando esses momentos de mim. Por exemplo, vem aqui lê algo e julga e interpreta e faz comentários. Eu li uma frase, ou ouvi, ou sonhei com ela e dizia o seguinte: pessoas são como personagens buscando alguém para criá-los. E, por tudo que escrevi aqui, acho que roubar momentos é uma das estratégias usadas nessa busca por um autor, por alguém (que pode ser só um ou vários) que nos faça existir.
quinta-feira, abril 10, 2003
terça-feira, abril 08, 2003
Por favor. Vá dormir. Me dê um beijo de boa noite antes. Deixe a música tocar baixinho. Vou ler só mais um capítulo. Claro que posso abraçar você...
Já é bem tarde. Quer encostar no meu ombro? Você não se importa se eu ficar passando a mão no seu cabelo, né? Só que vão me deixar em casa antes de você. Aí você vai ter que acordar. Mas pode continuar a dormir...
Vou apagar a luz. Você não vai estar aqui. Vou encostar a cabeça no travisseiro. Vou dormir. E ninguém vai ver para falar algo depois...
domingo, abril 06, 2003
Violência para encarar a vida. Às vezes só dessa forma mesmo para aguentar. Ontem eu dei um soco no estômago da vida. E depois que precisou tomar ar eu derrubei no chão e dei dois chutes. A partir daí tudo pareceu mais suportável. Mas não porque estivesse ficado mais leve ou mais lógico. Eu apenas aceitei que iria viver aquela atmosfera non-sense. A vista do alto era bonita, mas é mentira. Tudo do alto parece melhor. Mais distante. Menos ofensivo. Então é só fingir que está flutuando. Que está em algum lugar acima da sua cabeça. Aí você pode ver tudo de outra forma. Até as conversas que seriam um desastre passam a ser só aquelas coisas da vida, sabe? Desastres da vida também. Só que você ri. Você entreouve conversas e entende tudo. Eu vi tudo isso. Ora, se antes ela reclamava, um dia antes, e acontecia essa coisa que parecia impossível no meio das angustias, eu acho que só podia estar num universo paralelo. Ai é que tá! A vida é cheia de universos paralelos. E eu falando aqui da minha vidinha hétero (aliás, pretensamente hétero porque é meio óbvio que seja assexuada). Viu só? De repente eu posso até falar de sexo. E sabe? A culpa é daquela menina alta de vestido preto que ficava olhando pela varanda, rindo do nada, balançando a cabeça no ritmo da música. Como é ver as coisas daí de cima? Você nunca vai me conhecer, só que eu já conheço você muito bem. Na verdade, eu quem criei você. Sinto e sinto muito. De verdade, esse sempre foi o problema. Mas eu lamento. Eu que criei você. É verdade que tantos outros devem ter criado também, e você inevitavelmente se cria. E faz isso muito bem. E não veja isso como uma cantada absurda que eu não tive coragem de fazer. Não é sobre você... muito menos sobre mim. É sobre essas coisas todas que eu não sei explicar e crio pessoas para relacionar com elas. Se incomoda, eu peço desculpas. Não posso fazer mais nada. Agora é com você.