- Para se dar bem na arte de trocar os amigos você tem que se preocupar com algumas coisas básicas.
- Você está falando sério?
- Ué! Claro! Pode ser muito útil em algum momento da sua vida.
- Eu, hein!
- Primeiro passo: sabe aquele ditado que diz pra nunca contratar alguém que não possa demitir? Você faz o mesmo que as amizades. Nunca fique amigo de alguém que não vai poder mandar embora da sua vida depois. O princípio básico é procurar pessoas que possam ser facilmente substituíveis.
- Você só pode ser maluco. Qual a finalidade disso? Isso é algum tipo de indireta?
(pausa dramática)
- Não. (outra pausa dramática) Você é insubstituível...
- Ah!
- Então você não é muito bom nisso...
- É... pensei que fosse. A culpa deve ser sua.
- Não adianta. Você não consegue fazer essa pose de cara durão. Você não é tão insensível quanto quer parecer.
- Mas... péra. Toda regra tem uma exceção, né? Então você vai ser a exceção, ok? Satisfeita?
- Não. Você sabe que não é assim. Porra, quando você conhece uma pessoa... você acaba aceitando certas coisas... mesmo que seja inconsciente... Quando se torna amigo de uma pessoa você acaba aceitando, mesmo que não saiba, todas as complicações... Não é fácil assim. Como saber o que a pessoa vai trazer pra sua vida? Como saber que vai poder substituí-la?
- Ah! Qual é? Vai dizer que todo mundo é insubstituível.
- Não. Acho que a princípio tem gente que é substituível. Mas isso não é uma ciência exata.
- Ah! Não fala merda. Você nem sabe o que é uma ciência exata...
- É. Você tem razão.
domingo, agosto 03, 2003
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