Johnnie Walker Rad Label (Keep Walking)
Primeiro eu nasci. E por ter nascido num determinado lugar, já me taxaram de recifense, pernambucano, brasileiro, latino-americano. No colégio, se tirava notas boas, era CDF, se falava durante a aula, era pertubador. Por usar óculos era quatro-olhos (ainda uso). Comecei a escutar rock pesado, era rockeiro, depois virei banger, depois grunge. No terceiro ano, era fera. Passei no vestibular e era estudante do CAC. Por gostar de filmes e músicas não muito conhecidos virei cult. Comecei a acessar a Internet e virei nerd (sorveteiro, afzuleiro, sunabeiro). Me formei em Comunicação Social e me chamam de jornalista. A Receita Federal não aceita minha declaração de isento. Quer dizer, antes eu era isento, agora sou contribuinte, mas era pra ser isento se eles atualizassem os cadastros. Respondo por um cargo DDI. Tantos rótulos quando só basta um: escroto.
sábado, setembro 28, 2002
sexta-feira, setembro 27, 2002
Sabe quando a gente não necessita de muita coisa?
Feijão preto
Tipo de Cozinha Da Vovó, Caseira, Brasileira
Categoria Prato principal, Acompanhamento
Serve 6 porções
Grau de dificuldade Fácil Tempo de preparo 40min
Autor Panelinha e-mail panelinha@ig.com.br
Ingredientes:
500 g de feijão, preto
2 dentes de alho, picado
½ cebola pequena, picada
1 folha de louro
2 colheres (sopa) de azeite
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Modo de preparo:
1. Escolha o feijão e coloque num recipiente. Acrescente água, o suficiente para cobrir os grãos, e deixe de molho de um dia para o outro, trocando a água algumas vezes.
2. Coloque os feijões, escorridos, numa panela de pressão. Acrescente a folha de louro e a água, cerca de 5 dedos acima dos grãos, e feche a panela com a tampa.
3. Leve ao fogo alto e deixe cozinhar por 25 minutos. Desligue o fogo e espere a panela parar de apitar. Abra a panela e verifique o ponto do feijão, que deve estar macio.
4. Leve uma frigideira grande ao fogo baixo e acrescente o azeite. Coloque o alho e a cebola e deixe fritar até começar a dourar.
5. Acrescente 2 conchas de feijão, sem o caldo, na frigideira e amasse com um garfo até obter uma pasta.
6. Mexa com uma colher de pau e coloque esta mistura no feijão. Mexa bem e tempere com sal.
7. Volte o feijão ao fogo baixo e cozinhe por mais 5 minutos para absorver bem os temperos.
8. Sirva a seguir.
Sirva com:
Arroz branco , Couve refogada e uma boa Carne de panela.
Continuem vivendo suas vidas. Apareçam aqui de vez em quando para ver como andam as coisas. Estamos trabalhando para melhor lhes servir. Tenham um bom dia e uma noite agradável.
quinta-feira, setembro 26, 2002
Coisas que geram diversas visões sobre si.
Visões que criam outras coisas, que deveriam ser a realização da primeira.
Coisas que tiram o que há de concreto, destroem a coisa em si mesma.
As coisas fora delas mesmas...
(papo metafísico comum em momentos de reforma, quando uma parede derrubada, uma porta é posta em outro lugar, uma nova sala surge onde era um quarto... tudo isso é muito comum... ESTAMOS EM OBRAS)
quarta-feira, setembro 25, 2002
Uma pequena pausa para a vida
Hoje meu dia foi movimentado. Sim. É verdade. Acordei, como de costume, às 06h da matina (com tolerância de 7 minutos), preparei-me para deixar o lar, naquele metódico ritual de fazer a higiene e tomar o café. Dirigi-me a parada de ônibus e esperei que passasse uma das duas linhas que me levam ao trabalho. Algum tempo depois estava dentro do ônibus e nele vi pessoas que normalmente costumam estar indo pro trabalho ou para a aula. Chego na prefeitura, subo nove andares de escada, a título de exercício matinal, o que venho fazendo sempre. No trabalho, depois do bom-dia aos poucos que já se encontram por lá e aos demais que vão chegando aos pouco, fiz uma tarefa aqui e outra ali. Escutei música. Ri d’alguma piada, fiz outra. Troquei algumas ideias. Perto das 13h desci e me dirigi a parada para mais uma vez pegar uma das linhas que me levariam de volta para casa. Chego em casa e faço um hamburger. Estava esperando um telefonema para ir almoçar fora, coisa que não aconteceu, de modo que tive que me virar. A tradicional sesta. Banho. Vou para a UNICAP usufruir de sua biblioteca. Vou até a prateleira onde fica um livro de Teoria da Comunicação e depois me dirijo a uma das salas de estudo, que estes últimos dias têm estado lotadas, devido as provas daquela instituição, creio eu. Estudo o suficiente e volto para casa. Esquento a sopa e faço o café. Depois da sopa, preparo uns rolinhos de blânquete de peru recheado com requeijão de boa procedência. Dou um telefonema, recebo outro. Leio um pouco. Vejo o noticiário. E mais um pouco de TV. Uma pausa para reflexão. Converso com minha mãe. Entro na Internet e meu irmão pede para usar o telefone e eu começo a escrever esse texto. E é aqui onde termina... se bem que o dia ainda não acabou.
Alguém pode estar pensando “que vidinha”. Isso mesmo. Mas é a minha. E eu não estava sendo irônico quando disse que o dia foi movimentado. Porra, isso é muita coisa, se você parar pra pensar. E além do mais, eu apenas me detive à superfície das coisas. Por exemplo, avancei mais duas décadas na história da Teoria da Comunicação – o texto falava de Adorno, Hockheimer, Benjamin e Marcuse, alem de outros – só não adentrei pelos domínios do estruturalismo porque estava sem paciência – sempre tive muita dificuldade com esses franceses. Descobri um disco estranhíssimo de Chico Buarque com Ennio Morricone – vou ver se acho algo a respeito na Internet, hoje cedo não consegui – com o primeiro cantando suas composições acompanhado por orquestrações do segundo. Fiz uma seleção interessante do Radiohaed (As músicas do Kid A, True love waits, as do The Bends, Creep). E isso no trabalho, usando a rádio UOL. Em casa dei mais uma chance ao acústico do Legião Urbana (nunca neguei que gosto da banda e já gostei muito) e por causa disso deu vontade de escutar Joni Mitchell. O único disco que eu tenho dela é o Mingus, em homenagem ao mestre, que não é dos mais representativos, mas tem pelo menos uma música maravilhosa (God must be a Boogie Man) e releituras da música de Mingus com letras acrescidas pela própria senhora Mitchell (ótimas letras, por sinal, como era de se esperar). O disco também tem gravações de conversas de Charles Mingus com a esposa e com um amigo e algumas observações curtas que ele faz sobre a vida, além de um refrãozinho cantado ao lado de Joni Mitchell. Ah! Na banda que acompanha essa maravilhosa musicista estão Herbie Hancock, Wayne Shorter e Jaco Pastorious. Ainda reescrevi umas cenas do meu eterno roteiro (quem sabe eu filme alguma coisa nos próximos 6 meses... só preciso da colaboração e boa vontade de algumas pessoas). Liguei duas vezes pra Larissa e trocamos algumas linhas. Michelle ligou me chamando para ir ao Pátio de São Pedro, mas não estava afim e tô gripando. Haymone me questionou, no IRC, o que tinha acontecido com este blog... Isso sem contar as idéias, percepções, pensamentos sobre a vida que sempre acontecem. A gente sempre manja mil pensamentos ao mesmo tempo dentro da nossa cabeça. Nossa vida pode ser tudo, menos parada.
sexta-feira, setembro 20, 2002
Não se espante. Ainda é o mesmo site. Devido a problemas técnicos as Conversas com Fiodor tiveram que mudar provisoriamente de interface. Estamos trabalhando para, dentro em breve, lançarmos um novo visual com mais recursos e o conteúdo de sempre. a equipe que participa das Conversas com Fiodor agradece a preferência.
Por enquanto se deliciem com outros blogs legais:
Pára quieta, menina!
A tristeza do cotidiano... tem umas fotos legais
A vida no universinho.
Prática, sonhadora, frágil e atrevida como meninas realmente podem ser
Eu, hein!
??????????
É isso aí, meu filho.
Porque todas as coisas têm seus devidos nomes... mas eu não preciso saber de todos
Um girassol da cor do seu cabelo.
A palavra do Messias
Coisas legais que a gente vê por ai... pagando o devido preço.
Legalmente legal, legal!
ESTA É UMA MENSAGEM PADRÃO
quinta-feira, setembro 19, 2002
Seguinte: abaixo a lista do elenco que eu chamaria para interpretar as pessoas... ah! também tem algumas músicas temas.
Philip Seymour Hoffman --- Haymone -- Like a Hurricane
Anna Paquin --- Larissa -- Fell in love with a girl
Nicole Kidman --- Gabi -- Um girassol da cor de seu cabelo
John Leguiziamo --- Jarmeson -- Dumb
Paulo Betti --- Márcio Padrão -- Se você pensa
Algum desenho feito por algum artista de Disney da décade de 80 --- Simone -- Aquela música do Caderno que tem na Fábrica de Brinquedos
Daniel Aragão --- Daniel -- Crack Hitler
Rachel Leigh Cook --- Julia Porto -- My favourite game
Maria Luiza Mendonça --- Flávia -- Enjoy it
(continua)
terça-feira, setembro 17, 2002
Mais uma vez... a cidade
Sobre andar na rua e perceber quem passa ao seu lado. Mesmo observando aquele sujeito magro, caminhando com certa leveza e centramento, segurando um arco, desses de prender os cabelos, com a canhota, não seria capaz de imaginar que ele fosse capaz de fazer algum mal a alguém. Mas é possível que ele tenha feito. E talvez não tenha estado certo da decisão que tomara, mas caminhava com decisão. Talvez pensasse em outra pessoa que andava, em outra rua, que alguém pode ter percebido abatida. Ou ninguém percebeu nada, pois ela sabe esconder muito bem os sentimentos, poderia ser facilmente confundido com alguma expressão de fadiga, se é que não era fadiga em si. Ou ninguém percebeu por estarem todos preocupados com seu problemas, afinal é um trânsito caótico àquela hora, e ainda tem as contas a pagar e o prazo final para o envio de documentos está se aproximando. O horário de visitas termina em pouco tempo e se não se apressar a família vai ficar muito brava, mesmo que se possa fazer isso amanhã, mas é mais atencioso se fizer hoje. E essa é a última viagem que o ônibus faz hoje, depois, outro vem substituir; então, algumas horas de folgas para voltar para casa, comer, ver o jornal, a novela e dormir. Amanhã tem mais.
Pessoas não são boas, mas ainda assim é preciso contar com a boa-vontade dos estranhos. E quando se anda nas ruas, é preciso saber o que perdoar. E se arrepender sempre. Sempre! Sempre que quiser. É um direito inegável. À todas as coisas, suas conseqüências. A todos os recipientes, sua respectiva capacidade líquida. A todas as pessoas, suas devidas ruas. Suas projeções. O mundo que elas criam ao redor. E impõem à realidade. À realidade... paciência.
(texto vergonhosamente copiado de observações alheias de outras realidades... estamos trabalhando para o restabelecimento normal das atividades)
sábado, setembro 14, 2002
Algo interessante acaba de ocorrer.
Estava eu escrevendo um texto para colocar neste blog, e pelo que indicava iria ser um texto longo e crítico, cheio de amaguras e coisas do tipo.
Estava eu lá escrevendo, quando tudo se esvaiu. Pareceu-me sem sentido escrever sobre aquilo. Foram três parágrafos e, no começo do que seria o quarto, não tinha mais razão para dizer o que queria dizer...
Se eu tiro algum ensinamento disso? Claro! Qualquer sentimento como raiva, ternura, carinho, amargura e outros do gênero não duram mais do que 5 parágrafos.
Segue o começo do que seria a minha obra mais completa:
Sobre trabalho, dinheiro, sexo, música, literatura, cinema, relações, saúde, estética, experiências de divisão de renda, política, assuntos gerais, diversão, piadas, tecnologia, negócios, nutrição, lingüística, pós-modernismo, arte, cultura pop, alegorias clássicas, psicologia, cotidiano, ufologia, teologia, coltranologia e fait-divers... principalmente sobre como lidar com o recurso mais escasso que temos: o tempo
Este título imenso é para introduzir – não sei se já pensei conceitualmente na utilidade de título – o que talvez seja o texto mais confessional sobre a vida. É fato que escrever é, de certa forma, expor-se. E se, essas pessoas que lêem o meu blog, e pelo que soube muitas fazem isso, mas do que eu imaginei, pararam para analisar ou até mesmo refletir – sem nenhuma pretensão de estar sendo profundo em algum momento nos posts, já devem ter apreendido parte representativa da matéria que no fundo todos os textos tratam, por piores que sejam, por mais complexos e enfadonhos que sejam. A matéria: o autor. Textos são desenvolvidos pelas diversas facetas do autor. Mas não se engane, você nunca vai conhecer um pessoa apenas lendo seus textos, por mais que eles sejam confessionais e expositivos – e tem gente que adora ser assim.