Uma pequena pausa para a vida
Hoje meu dia foi movimentado. Sim. É verdade. Acordei, como de costume, às 06h da matina (com tolerância de 7 minutos), preparei-me para deixar o lar, naquele metódico ritual de fazer a higiene e tomar o café. Dirigi-me a parada de ônibus e esperei que passasse uma das duas linhas que me levam ao trabalho. Algum tempo depois estava dentro do ônibus e nele vi pessoas que normalmente costumam estar indo pro trabalho ou para a aula. Chego na prefeitura, subo nove andares de escada, a título de exercício matinal, o que venho fazendo sempre. No trabalho, depois do bom-dia aos poucos que já se encontram por lá e aos demais que vão chegando aos pouco, fiz uma tarefa aqui e outra ali. Escutei música. Ri d’alguma piada, fiz outra. Troquei algumas ideias. Perto das 13h desci e me dirigi a parada para mais uma vez pegar uma das linhas que me levariam de volta para casa. Chego em casa e faço um hamburger. Estava esperando um telefonema para ir almoçar fora, coisa que não aconteceu, de modo que tive que me virar. A tradicional sesta. Banho. Vou para a UNICAP usufruir de sua biblioteca. Vou até a prateleira onde fica um livro de Teoria da Comunicação e depois me dirijo a uma das salas de estudo, que estes últimos dias têm estado lotadas, devido as provas daquela instituição, creio eu. Estudo o suficiente e volto para casa. Esquento a sopa e faço o café. Depois da sopa, preparo uns rolinhos de blânquete de peru recheado com requeijão de boa procedência. Dou um telefonema, recebo outro. Leio um pouco. Vejo o noticiário. E mais um pouco de TV. Uma pausa para reflexão. Converso com minha mãe. Entro na Internet e meu irmão pede para usar o telefone e eu começo a escrever esse texto. E é aqui onde termina... se bem que o dia ainda não acabou.
Alguém pode estar pensando “que vidinha”. Isso mesmo. Mas é a minha. E eu não estava sendo irônico quando disse que o dia foi movimentado. Porra, isso é muita coisa, se você parar pra pensar. E além do mais, eu apenas me detive à superfície das coisas. Por exemplo, avancei mais duas décadas na história da Teoria da Comunicação – o texto falava de Adorno, Hockheimer, Benjamin e Marcuse, alem de outros – só não adentrei pelos domínios do estruturalismo porque estava sem paciência – sempre tive muita dificuldade com esses franceses. Descobri um disco estranhíssimo de Chico Buarque com Ennio Morricone – vou ver se acho algo a respeito na Internet, hoje cedo não consegui – com o primeiro cantando suas composições acompanhado por orquestrações do segundo. Fiz uma seleção interessante do Radiohaed (As músicas do Kid A, True love waits, as do The Bends, Creep). E isso no trabalho, usando a rádio UOL. Em casa dei mais uma chance ao acústico do Legião Urbana (nunca neguei que gosto da banda e já gostei muito) e por causa disso deu vontade de escutar Joni Mitchell. O único disco que eu tenho dela é o Mingus, em homenagem ao mestre, que não é dos mais representativos, mas tem pelo menos uma música maravilhosa (God must be a Boogie Man) e releituras da música de Mingus com letras acrescidas pela própria senhora Mitchell (ótimas letras, por sinal, como era de se esperar). O disco também tem gravações de conversas de Charles Mingus com a esposa e com um amigo e algumas observações curtas que ele faz sobre a vida, além de um refrãozinho cantado ao lado de Joni Mitchell. Ah! Na banda que acompanha essa maravilhosa musicista estão Herbie Hancock, Wayne Shorter e Jaco Pastorious. Ainda reescrevi umas cenas do meu eterno roteiro (quem sabe eu filme alguma coisa nos próximos 6 meses... só preciso da colaboração e boa vontade de algumas pessoas). Liguei duas vezes pra Larissa e trocamos algumas linhas. Michelle ligou me chamando para ir ao Pátio de São Pedro, mas não estava afim e tô gripando. Haymone me questionou, no IRC, o que tinha acontecido com este blog... Isso sem contar as idéias, percepções, pensamentos sobre a vida que sempre acontecem. A gente sempre manja mil pensamentos ao mesmo tempo dentro da nossa cabeça. Nossa vida pode ser tudo, menos parada.
quarta-feira, setembro 25, 2002
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